Degenerescência Macular da Idade

Degenerescência Macular da Idade (DMI)

A DMI é a principal causa de perda visual irreversível entre os idosos em todo o mundo, afetando 30 a 50 milhões de indivíduos. É um distúrbio degenerativo progressivo, crónico, da mácula e apresenta perda da acuidade visual tipicamente resultante da degeneração dos fotorreceptores, epitélio pigmentar da retina (EPR) e coriocapilar. As formas avançadas da doença são caracterizadas por neovascularização coroideia macular (NVC), atrofia geográfica (atrofia do EPR, coriocapilar e fotorreceptores), ou ambos.

Quando a neovascularização ocorre, há uma acumulação de líquido, hemorragia e exsudação lipídica dentro da mácula, que pode culminar em fibrose descrita como uma cicatriz disciforme. Quando a DMI evolui para uma das formas avançadas da doença em um olho, há uma probabilidade aumentada de haver a mesma progressão no outro olho.

Atualmente, não há uma terapia comprovada que permita interromper a progressão da DMI. A suplementação vitamínica, a modificação da dieta e a cessação do tabagismo são as recomendações atuais que  se sabe retardar a progressão da perda de acuidade visual.

Vários tratamentos para a NVC (também descrita como DMI exsudativa ou neovascular) têm sido extensivamente estudados em grandes estudos prospectivos randomizados. Atualmente, o padrão de tratamento envolve a injeção intravítrea de agentes anti-VEGF, que vieram revolucionar o prognóstico destes pacientes. Pela primeira vez, os pacientes podem ser tratados com a expectativa de que sua visão possa melhorar.

A genética oferece a melhor esperança na identificação de caminhos  futuros para o uso de farmacoterapias que possam evitar a perda de acuidade visual. Embora a promessa de tratamento com stem-cells embrionárias permaneça eterna como uma estratégia para recuperar a visão perdida, a melhor estratégia para tratar esta doença continuará a ser a prevenção.

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